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Você acha que gentileza gera gentileza?

Você provavelmente já deve ter ouvido a expressão “Gentileza gera gentileza”, uma frase simples, bem ritmada e tão marcante que parece ter sido criada em uma dessas agências de publicidade descoladas. Seu autor, na verdade, era um andarilho que vagava pelas ruas de Niterói, com uma barba longa e uma túnica branca, sua imagem lembrava a de um profeta que pregava sobre a gentileza, fato que o levou a ser chamado justamente de Profeta Gentileza.

Mesmo conscientes de sua importância, por algum motivo, tendemos a ser pessimistas quando o tema é gentileza, parece-nos que ela se perdeu e o que restou foram atos de polidez que apenas relembram um tempo em que éramos mais gentis. Parece-nos que éramos melhores em tempos passados. Na verdade, essa não é uma impressão nova, no séc. XVII Jean Jacques Rousseau e Thomas Hobbes já discutiam essa questão e se perguntavam: somos naturalmente altruístas ou somos naturalmente egoístas?

O tema do “bom” e do “mau” era um assunto bastante importante naquele período e esse tipo de pergunta ajudava a compreender se, por exemplo, a gentileza era aprendida ou era algo natural, a qual perdíamos conforme crescíamos e passamos a viver em sociedades mais complexas. Alguns estudos modernos, como os de David Rand, têm revelado que somos intuitivamente generosos e nos tornamos egoístas quando pensamos demais.

Explicamos: quando agimos de forma reflexa, sem pensar nos ganhos e perdas de nossas ações, somos gentis, olhamos o próximo e nos preocupamos com ele, mas quando colocamos um peso para a nossa ação, esse jogo pode mudar. Note: pode mudar. Não é uma regra. Sendo assim, é bastante provável que não estejamos nos tornando menos gentis, porém é notório que nosso comportamento social tem mudado significativamente nas últimas décadas. Valorizamos à individualidade, estamos menos atentos ao Outro e pesando mais as consequências de nossas ações: ser gentil com alguém que está com o pneu furado, pode te colocar em perigo.

Como nossa sociedade e modo de vida se tornaram altamente complexos, avaliar o risco é uma parte importante das nossas decisões. Neste sentido, se pensarmos em como vivemos, a gentileza não desapareceu, mas se tornou algo que utilizamos em um número de contextos muito restritos e muitas vezes não usamos.

Mas a gente pode mudar isso de formas bem simples:

Notar a existência de alguém com um simples aceno ou uma saudação já é uma gentileza;
Cumprimentar todos assim que entramos num prédio, num elevador ou quando passamos pelos setores da empresa que trabalhamos;
Parar de olhar e manusear o celular enquanto alguém conversa conosco, mantendo o foco de atenção na pessoa;
No ambiente corporativo, elogiar um colega pelo trabalho que ele fez ou ligar para alguém que não foi trabalhar, pois estava doente é uma forma ainda mais profunda de gentileza.

Em diferentes níveis de complexidade, os atos de gentileza não são difíceis de serem praticados; basta que estejamos conectados com o ser humano e em sua importância em nosso cotidiano. Quando lidamos com o público, com equipes ou com clientes, isso se torna uma forma de demonstrar que você o nota e o respeita e ajuda a demonstrar como a existência do outro é significativa para você, o que é por si um ato de extrema gentileza.

A gentileza está diretamente associada ao altruísmo, ao ato de negar o ‘eu’, em direção ao outro, isto é, de notar e tentar ajudar ou compreender o outro, sem medo ou insegurança. Essa atitude nos abre para a construção de relações mais significativas com aqueles que estão ao nosso redor e mesmo conosco. No final das contas, o Profeta Gentileza estava certo: “gentileza gera gentileza”, pois é um ato gratuito de desprendimento que demonstra o quanto o outro é importante para nós.

E neste dia mundial da gentileza aproveite para ouvir a bela canção de Gonzaguinha sobre o profeta Gentileza, cuja letra adiantamos para você a seguir:

Gentileza – Gonzaguinha

Feito louco
Pelas ruas
Com sua fé
Gentileza
O profeta
E as palavras
Calmamente
Semeando
O amor
À vida
Aos humanos
Bichos
Plantas
Terra
Terra nossa mãe.
Nem tudo acontecido
De modo que se possa dizer
Nada presta
Nada presta
Nem todos derrotados
De modo que não dê prá se fazer
Uma festa
Uma festa.
Encontrar
Perceber
Se olhar
Se entender
Se chegar
Se abraçar
E beijar
E amar
Sem medo
Insegurança
Medo do futuro
Sem medo
Solidão
Medo da mudança
Sem medo da vida
Sem medo, medo
Das gentilezas
Do coração.
Feito louco pelas ruas…

 

[agenda]

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