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Empatia e Autoempatia nesse novo normal?

Sabemos que a empatia faz parte da natureza humana. Desde muito criança já somos capazes de perceber e compreender diferentes estados mentais sobre nós mesmos e sobre os outros. Essa “Teoria da Mente”, demonstra nossa capacidade de percebemos crenças, intenções, pensamentos, sentimentos e de predizermos comportamentos, ações e atitudes.

A partir disso destaco a capacidade de termos a Empatia Cognitiva: essa característica social do ser humano de inferir, por vezes com bastante precisão, como o outro vê o mundo e assumir que essa pessoa pode ter perspectivas diferentes e ter determinados determinados.

Mas empatia nas relações sociais vai além de somente inferir ou perceber o outro. Soma-se a esse processo a Empatia Afetiva, quando nasce em nós um sentimento de compaixão, uma compreensão emocional do sentimento do outro, quando desperta um interesse genuíno em compreender por qual situação o outro está passando, o que ele deve estar sentindo e como nós nos sentiríamos se estivéssemos nessa situação.

Isso nos mobiliza a procurarmos ajudar, apoiar ou resolver a situação. Brota um maravilhoso ímpeto de atender a necessidade dessa pessoa. Exatamente o que nos diz a CNV – Comunicação Não Violenta, que tem apoiado pessoas em suas relações familiares, e empresas nas relações entre colaboradores, com líderes e nas ações do RH.

E como isso se relaciona com essa situação atual de pandemia?

Estamos em um cenário de uma diversidade enorme de novos hábitos ou convivências. Para alguns o isolamento social trouxe solitude ou até mesmo solidão, para outros trouxe o compartilhar de seu lar com familiares que estavam até mesmo afastados, em final de relacionamentos ou há muito não investiam tanto tempo tentando se conhecer. O “homeoffice” (entre aspas, pois a situação não foi planejada, estruturada e perguntada se era a opção do colaborador), por sua vez,  exige compartilhar o mesmo tempo e espaço com filhos e companheiros, afazeres domésticos antes delegados ou não tão frequentes, reuniões “online”, atendimentos aos clientes. Para outros ainda, o cenário é crítico: querendo ficar na segurança da sua casa, precisam se expor para atuar em linha de frente.

Hoje todos passam por uma mesma pandemia, mas com realidades muito diferentes, o que nos distende a sermos ainda mais empáticos, cognitiva e afetivamente, compreendendo necessidades individuais e sentimentos que derivam dessas. Nós podemos não passar necessariamente pela mesma experiência, nem tão pouco partilhar os mesmos sentimentos diante da pandemia, mas podemos compreender o que sentem as pessoas diante dessas mudanças, e assumir isso como lícito, genuíno. Isso reduz nosso julgamento.

Vamos ver como fica na prática:

“Por que meu vizinho não para em casa respeitando a quarentena? É um irresponsável!” diz nosso cérebro julgador. Mas sejamos empático conosco!  Esse pensamento está apenas refletindo nosso modo proteção, preocupado conosco e com os outros que podem contrair o vírus; estamos apenas manifestando nossa necessidade de proteção. Mas, não pare por ai. Ao invés, procure entender o cenário e os motivos que estão levando essas pessoas a saírem. Será que eles não têm uma rede de apoio para compras? Será que a profissão exige? Isso ajuda a compreender comportamentos e atitudes e até uma tomada de ação. Ao ser empático, compreendendo a necessidade do outro, e quem sabe posso oferecer ajuda, e nos revezarmos para irmos as compras. Ou posso expressar gratidão por estarem se expondo para nos apoiar.

Vamos ver outra situação, agora em nosso trabalho:

“É um absurdo mudar a reunião online só porque tem filhos de colaboradores que estão em aula”. Pratique novamente a autoempatia ao entender que temos necessidade de organização, fluência do trabalho e rotina. Nenhum problema com isso! Nossas necessidades são genuínas, mas exercite o outro lado e se empatize com nossos colegas de trabalho. Então, aquele “maravilhoso ímpeto de atender a necessidade dessas pessoas” e  também as nossas aparece. Podemos compreender cognitivamente, entendendo que o cenário é diferente do nosso e deve ser um grande desafio coordenar vida pessoal e familiar; podemos compreender e nos empatizar afetivamente, sentindo quanto deve ser difícil para esse colega expressar amor e atenção aos filhos e dedicar-se ao trabalho ao mesmo tempo. Então, buscamos logo novas soluções: Será que podemos encontrar  um horário que todos estejam mais concentrados e com a vida pessoal em ordem? Será que podemos revezar esse horário para atender diferentes realidades?

Essa é a derivação importante da empatia: entendemos a nós mesmo e o que precisamos para tornar nossos dias mais fáceis; não apenas entendemos que o outro pensa diferente, mas tem necessidades para serem atendidas; experimentamos uma compreensão do que é sentido pelo outro que nos mobiliza para uma tomada de decisão de atender as necessidades, se possível, nossas e dos outros. Se isso já era urgente antes da pandemia, não seria diferente agora com tantas necessidades novas e diferentes das conhecidas.

Fga.Ma. e Coach Ana Elisa Moreira-Ferreira

Consultora em Comunicação Humana

Diretora da Univoz.

 

 

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