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Flexibilidade Cognitiva, uma das mais importantes habilidades do futuro
- 21 de agosto de 2020
- Posted by: Wesley Santos
- Category: Artigo

Conhecendo as 10 habilidades exigidas no mercado de trabalho para 2020, publicadas na matéria “10 competências de que todo profissional vai precisar até 2020” da revista Exame (¹) segundo o relatório do Fórum Econômico Mundial e tratadas no Grupo de Estudos “LAB Habilidades do Futuro” da ABRH-SP, foi primordial entender a importância do desenvolvimento da “flexibilidade cognitiva” para um profissional se destacar.
Essa publicação traz o levantamento do Fórum Econômico Mundial, num contexto da 4ª Revolução Industrial, mostrando que em cinco anos, 35% das habilidades exigidas hoje terão mudado. Ou seja, o profissional terá uma grande adaptação no mundo do trabalho.
A flexibilidade é uma entre as dez (2) soft skills (habilidades interpessoais) que pode contribuir para a evolução do aprendizado de um profissional, pois sem ela o profissional terá menos consciência de suas potencialidades, poderá rejeitar ricos feedbacks dos pontos de melhoria e diminuir a capacidade de adaptação as situações.
Segundo, Maria Adrielle Vicente (3), “a flexibilidade cognitiva consiste em usar o pensamento criativo para se ajustar às mudanças. Essa habilidade auxilia crianças a utilizarem sua imaginação e criatividade, para desenvolver novas respostas aos problemas. E em adultos, traduz-se na capacidade de encontrar repostas alternativas diante de uma mesma situação”.
Os estudos sobre a neurociência (4) estão contribuindo para disseminar a compreensão do que é a flexibilidade cognitiva. Esclarece que ela inicia no nascimento e é formada até os 20 anos. E que a flexibilidade cognitiva está relacionada às funções executivas do cérebro no lobo pré-frontal, que são: a memória de trabalho, a flexibilidade cognitiva e o controle inibitório.
Outro autor que contribui para esse conhecimento é Spiro (5), que diz: “a flexibilidade cognitiva é a capacidade que o sujeito tem de, perante uma situação nova (ou problema), reestruturar o conhecimento para resolver a situação (ou o problema) em causa”.
Ao compreender a flexibilidade cognitiva o profissional terá um avanço considerável em suas competências sócios emocionais, principalmente em momentos de incertezas e com isso poderá:
1) ampliar a consciência sobre o seu jeito de ser, reconhecendo seus pontos fortes e seus pontos vulneráveis e a partir desta descoberta conduzirá seu aprimoramento como uma conquista;
2) compreender que há ganhos ao receber o feedback, pois considerar o ponto de vista do outro é uma forma de nutrir sua visão sobre si mesmo e principalmente terá a oportunidade de alinhar a percepção sobre um fato ou sentimento e;
3) aumentar a capacidade de adaptação à situações diversas, diminuindo a rigidez psicológica que inconscientemente bloqueia novos hábitos e poderá se reinventar e redescobrir.
Portanto, é fundamental que os líderes conheçam a flexibilidade cognitiva para facilitar o desenvolvimento humano por meio de ações de aprendizagem diferenciadas, enfrentando os medos e criando um ambiente de abertura e confiança.
Maria Edna S. Lima
Consultora da Equipe Univoz